Paulo Henrique dos Santos Monteiro, 34 anos, suspeito de cometer uma série de estupros em Fortaleza, praticava os crimes há, pelo menos, seis meses. Até o momento, a Polícia identificou dez vítimas — número que pode aumentar. As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (30). O homem se passava por mulher no contato com as vítimas e ofertava uma vaga de emprego de babá.
O suspeito, que já era investigado por estupro pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fortaleza, usava perfis falsos fingindo ser uma mulher para oferecer empregos em redes sociais. Durante o contato, as vítimas conversavam com a suposta contratante e marcavam encontro com o criminoso após estabelecerem confiança.
No dia das reuniões, o homem, ainda se passando pela mulher contratante, dizia não poder ir ao encontro, pontuando que o marido dela, porém, poderia buscar a vítima para levá-la à suposta residência que seria o local de trabalho.
Sem desconfiarem, as vítimas eram levadas para um terreno no bairro Jacarecanga, onde eram estupradas após serem abordadas com canivete. "Ele não tinha pressa; ele queria ganhar a confiança dessas vítimas", afirma a titular da DDM, delegada Ana Cláudia Nery, explicando que ele chegava a passar duas semanas realizando as tratativas.
De acordo com a delegada, as vítimas marcavam encontro em local público, nos arredores do trabalho do suspeito, que era zelador de um edifício. De lá, elas eram levadas a casas abandonadas, próximas a um Colégio Militar.
A prisão de Paulo Henrique ocorreu na última sexta-feira (27), no bairro Carlito Pamplona, em Fortaleza, após cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Na ocasião, a Polícia Civil do Ceará (PCCE) localizou, em quatro celulares apreendidos com ele, dezenas de vídeos que comprovam práticas criminosas. Também foi encontrada uma câmera fotográfica.
Em razão da quantidade de material encontrado, Paulo Henrique foi preso em flagrante pelo crime de registro não autorizado da intimidade sexual e autuado por adquirir, possuir e armazenar registros com cena de sexo explícito ou pornográfico envolvendo criança ou adolescente.
DN