Em Coreaú, região Norte do Estado, a população vive clima de incertezas com a cassação do mandato do prefeito eleito em 2020, Edézio Sitônio (PDT), por abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio, ou seja, compra de votos.
Na semana passada, o presidente da Câmara Anastácio Teles, o “Caburé”, assumiu o Executivo por ordem da Justiça Eleitoral, mas quem brilhou mesmo no “palanque” da posse foi – pasmem os senhores – o gestor cassado.
Em afronta à decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), que cassou o mandato dele e o tornou inelegível por oito anos, o ex-gestor usou a ocasião para fazer discurso político.
Em meio aos aplausos no auditório, ainda disse que pediu uma reunião com a governadora Izolda Cela (PDT) para ir com o novo prefeito pedir recursos. Parece estar difícil para o ex-prefeito largar o cargo.
O ex-prefeito se diz "inocente" e precisa focar na sua defesa neste processo. Com a condenação em primeira e segunda instância, ele já está afastado, um novo prefeito já assumiu e novas eleições serão marcadas no município, mas ele ainda pode apresentar um recurso ao TSE.
Caso se confirme a decisão em Brasília, além da perda do cargo, que já se consumou, pode ficar também sem os direitos políticos.
DN