Pelo que ouvi de ontem para hoje sobre Pelé minha concepção é diferente no que diz respeito à relação dele com o futebol. Pelé tinha outro lado. Ele não era apenas um jogador por excelência, era um ser humano por excelência. Ele tinha muito mais a oferecer como pessoa, gente, e o fez.
Não vi ele jogar, exceto pelos filmes de tv. Mas, ficou muito, muito claro que Pelé foi gigante com a bola nos pés, encantou o mundo.
Ascender da pobreza ao estrelato, como é o caso dele, pode provocar mudanças de comportamento, tornar o indivíduo arrogante e metido. Por isso, ouso afirmar, que ele foi gigante com a bola nos pés e com esse talento atraiu os olhos do mundo, mas, que ele encantou também pela generosidade, simplicidade, apego a nobres causas sociais e educacionais.
Pelé ostentava outros padrões que o fizeram ser maior que o fútil, inútil e passageiro das coisas materiais. Mesmo estando entre grandes nomes do futebol, da política, da música, ele decidiu ser ele mesmo, o jovem de Três Corações, de Minas, do Brasil, da Seleção Brasileira de Futebol, do Santos. O homem da bola e do coração do povo.
Certamente, teve defeitos, pois que, todo ser humano erra. Mas ele foi tão grande que pouco ou quase ninguém, ousa apontá-los. E os erros, como que eu ia esquecendo nesse texto, ficaram para traz, não acompanharam suas qualidades. Foram cobertos pelas muitas qualidades.
Pelé não é um homem que morre. O corpo dele feneceu, mas o nome que já atravessava gerações, e seguramente continuará sendo lembrado, afirma a surrada frase que diz que “quem é lembrado não morre”.
Nesta quinta, 29 de dezembro, quando aos 82 anos, Pelé dá adeus à vida, vi e ouvi, não apenas o país, os sul-americanos, mas o mundo lhe render homenagens, aclamá-lo como o maior do futebol de todos os tempos, O REI.
Por isso, falei pouco de números, de mil gols, de fortuna, de marca, de marketing. Ele foi muito maior pelo grande ser humano que foi e será pela eternidade. Pelé foi mais que futebol.
fonte: marcosfilho.net